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  • 25 de novembro de 2016

    Projeto QUARANÇA inicia ciclo de mesas temáticas!

    A Próxima Companhia, núcleo artístico da Cooperativa Paulista de Teatro em parceria com Unaluna Pesquisa e Criação em Arte apresentam um ciclo de mesas temáticas relacionadas ao projeto QUARANÇA. QUARANÇA é uma pesquisa d’A Próxima Companhia sob dramaturgia, encenação e direção de Luciana Lyra, que está em desenvolvimento há três anos e que em 2016 foi aprovado pelo Prêmio Zé Renato– 4ª edição da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. 

    QUARANÇA trata de uma fábula dramatúrgica que parte de um leitmotiv principal: a vida de Aracy Guimarães Rosa, conhecida como o "Anjo de Hamburgo", cidade onde residiu e trabalhou esta mulher durante a Alemanha nazista. Neste período, como secretária do consulado brasileiro, concedeu mais de uma centena de vistos para judeus refugiados da II Guerra Mundial, tornando-se ícone da liberdade e da luta contra a segregação e a violência. Também esposa de João Guimarães Rosa, escritor e cônsul adjunto do Brasil naquele país, Aracy serviu de inspiração para o desenvolvimento de tantas figuras femininas de seus romances, em especial da guerreira Diadorim, de Grande Sertão Veredas. Além do mito-guia Aracy e seus desdobramentos em Diadorim.

    QUARANÇA conclui seu tripé de referências aludindo aos depoimentos pessoais das atrizes, no que se relaciona às ações e aos posicionamentos das mulheres no mundo contemporâneo, em especial no que tange às questões acerca da preservação do corpo, da discriminação, do desejo negado. A pesquisa pretende alcançar, questionar, dialogar e dar voz a inquietações comuns a todos, com um olhar feminista. Desse modo, o processo de criação da peça aponta para um equilíbrio precário entre o fato do espectador se reconhecer nas figuras ali apresentadas e, olhando para as diferenças, na mesma medida vivencie estranheza e identificação. Este processo artístico tem o intuito de chamar a atenção para questões relacionadas à violência física e moral contra a mulher, apontando a busca pela potência de criação que existe em todos os seres, independente do gênero, masculino ou feminino.  Assim, o diferencial desse processo de investigação cênica e dramatúrgica é a perspectiva de “desromantizar” o mito e a figura da mulher.

     

     

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